Há uma enxurrada de informações vindas de todos os lados. E
há também muitas opiniões que acompanham essas informações. Nos dias de hoje, é
comum pessoas comentarem sobre absolutamente tudo, inclusive de assuntos dos
quais não têm conhecimento.
Um fato mais facilmente notável nas redes sociais, onde
qualquer pessoa pode opinar sobre qualquer tema. De certa forma, essa é uma
demonstração de que a democracia (ou chame do que quiser) existe de fato, pois
a livre expressão é a maior representação da liberdade.
O que trago como reflexão é: por que é importante opinar? Anos
atrás quando eu fazia mestrado, descobri autores que defendem que saber da vida
alheia, nem que seja a do vizinho, é um daqueles itens que faz qualquer ser
humano se manter vivo. E mais, não basta apenas saber da vida alheia, mas
opinar sobre a mesma. Talvez isso explique a enxurrada de opiniões que se
observa todos os dias nas redes sociais, por exemplo.
Mas, (sempre há um “mas”), particularmente penso que nem
sempre a opinião é necessária. E pode ser, talvez, extremamente cansativo
opinar sobre todas as situações vivenciadas (ou apenas observadas no seu
dia-a-dia). Lidar com as situações rotineiras já envolvem bastante opinião, se
pensar bem. Você terá que opinar nas metas da empresa, nas decisões do que
comprar no supermercado, nos afazeres domésticos. Se já é trabalhoso tomar decisões simples e as
verbalizar em sua rotina, por que se entupir de mais informações e ainda opinar
sobre elas?
Claro, como dizem os teóricos (e o chavão popular mesmo) a
grama do vizinho é mais verde, então, comentar sobre as celebridades, sobre um
post de blog, sobre o apontamento de uma amiga no Facebook é bastante tentador.
Penso, porém, que tenho preferido usar o direito de
permanecer calada, e apenas ver e ouvir sem ter que opinar ou fazer um
julgamento sobre algo. Num português bem claro, não tenho mais saco para tantos
fatos, tantas informações e muito menos para opinar sobre tudo. É evidente que
existem eventos que acontecem no mundo e que podem ser bastantes interessantes,
mas, particularmente vou usar meu direito de permanecer calada (ainda que seja
comunicadora e blogueira) diante principalmente das informações que não
acrescentam, das brigas toscas do Facebook, das opiniões repletas de maldades
ou indiretas, sobre as opiniões radicais.
Porque penso que se for abrir a boca para não contribuir
verdadeiramente com o outro ou com uma situação, não vale a pena emitir uma
opinião.
p.s: o título desse post não tem nada a ver com o direito constitucional de permanecer calado. Para
entender, um pouco, sobre esse direito, sugiro essa matéria:
p.s1: quer melhorar sua comunicação? Faça os cursos da DNA Comunicativo:
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