Em dias muito agitados,
captar uma demonstração de afeto é um alívio para a alma. E quando falo de afeto,
falo de carinho mesmo. Tenho uma sensação muito boa de que as pessoas acordaram
para viver, sem medos, sua afetividade. É muito interessante a imensa quantidade de
pessoas que está se permitindo ter mais carinho (e demonstrar mais afeto),
principalmente nos últimos anos.
Não que o afeto tenha caído de moda, aliás, ele sempre
acompanhou o homem ao longo da história. Mas, há uma sensação de que o afeto
tomou conta das redes sociais (ok, você vai falar que há muitas brigas
políticas no seu Facebook, mas tirando elas, há muito afeto se prestar
atenção).
Um exemplo disso são os inúmeros vídeos que acabam virando
notícia até no “hardnews”, justamente por demonstrar a afetividade. Esses dias
estava assistindo a um documentário pautado numa pesquisa em que falava que é o
afeto que fez a humanidade chegar onde está e não a competitividade. Muitas
vezes a ciência se baseou na lei de Darwin, que diz sobrevive a espécie que melhor
se adapta às mudanças. Fisicamente, sim. Mas, o cientista do tal documentário
complementou: “foi o afeto entre as pessoas de diferentes povos, culturas,
línguas e religiões que permitiu as pessoas se unirem para evidenciar o melhor
que há dentro de cada um, tornando a Terra um lugar mais habitável” – afirmou o
cientista.
Mas, muitas vezes se quer olhar para a afetividade como algo
distante ou que se tem somente em casa, com a família. Será? Já parou para
pensar quanta afetividade é verbalizada em seu trabalho? Quantas vezes um bom
dia é carregado de um tom otimista? Ou quando uma palavra de carinho é dita no
meio daquela reunião difícil?
Infelizmente, o afeto ainda é confundido com falta de seriedade.
Lembrando que verbalizar palavras afetivas não irá diminuir seus talentos, mas
muita gente pode confundir com cantada, por exemplo e, de fato, esse é um
limiar tênue. Mas, honestamente, penso que se ficar com receio de demonstrar
afetividade porque outra pessoa pode entender errado, tudo ficará difícil, pois
o amor não conseguirá transpor as barreiras mais pesadas e a vida será essa
história que muita gente acredita de “matar um leão por dia”. Que tal, então,
dar uma chance para a afetividade?
Seja carinhoso(a), amoroso(a), potencialmente piegas com as
palavras, rssssss, mas não deixe murchar a força mais linda que existe dentro
de cada um, que é o afeto.
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