É muito interessante perceber a sensação de agitação nos dias
de hoje. É como se a maioria das pessoas estivesse correndo uma maratona e não
pudesse parar um único segundo sequer.
Evidentemente, fazer tudo ao mesmo tempo (ou tentar, pelo
menos) pode ser excelente para trazer resultados, como no trabalho, por
exemplo. Por outro lado, pode atrapalhar uma das ferramentas mais utilizadas no
seu dia a dia: a comunicação.
Você já reparou o que comunica na sua rotina? E a maneira
como realiza comunicações simples como fazer pedidos, estabelecer ordens ou
simplesmente comentar sobre algo? Pois bem, posso dizer que nem sempre a
comunicação acompanha os atos de cada um. Diante de um cenário atual em que
tudo parece muito urgente, fatalmente a comunicação será a primeira a ser
prejudicada. Explico: se você está correndo demais, possivelmente nem irá
perceber o que está falando a outra pessoa. Além disso, existe uma tendência
(não digo que é com todos, por isso chamo de tendência) de que durante uma
situação de estresse ou mais tensão a comunicação também seja bastante tensa.
E aí, mora o perigo! Quanto de tensão você está transmitindo
por meio da sua comunicação? Palavras que surgem pesadas demais, respostas às
vezes automáticas, tom ríspido e até mal educado. Veja, estar tenso não é um
estado natural do ser humano. Se o estresse anda lhe pegando ele será verbalizado
de alguma maneira. Então, talvez seja hora de começar a observar algumas
coisas.
A primeira delas é: será que você sabe o que é urgente? Para
realizar bem tarefas e estar presente durante a realização das mesmas é
necessário fazer escolhas. Então, uma sugestão é jogar fora àquilo que não for
urgente. Repasse, delegue.
A segunda é: não culpe ninguém pelas escolhas que fez. É
muito comum, quando diante de uma situação tensa, apontar o dedo para alguém. Não
se coloque como vítima do mundo e das situações, afinal, você escolheu sua
vida, sua rotina. Toda vez que dou curso de comunicação assertiva falo algo
brincando que no fundo tem uma verdade: resolva sua afetividade. Isso vai lhe
ajudar a economizar um tempo incrível pelo simples fato de que você para de culpar
os outros por aquilo que não consegue resolver consigo mesmo e isso ajuda na
sua comunicação.
Por isso, observe como você amanhece. O terceiro ponto a se
observar é: escute seus sentimentos antes mesmo de colocar seus pés no chão.
Será que ando irritado(a) demais? Essa auto percepção ajuda a entender que o problema no trabalho,
por exemplo, pode não ser aquela colega que você não gosta, mas a maneira como
você olha para ela. Por que será que ela lhe incomoda tanto? Talvez toda a raiva
que você sinta dela esteja dentro de você e não nela. Observe-se todas as
manhãs.
A quarta coisa a ser pensada é: busque ajude. Não fique pensando
que todas as pessoas sabem o que estão fazendo. Ninguém sabe ao certo. Mas,
ficar tendo auto piedade de si mesmo porque você não consegue resolver seus
conflitos é desolador. É praticamente um autoflagelo. Bom, não sei o quanto
você quer ficar nessa situação, mas, honestamente com existe tão pouco tempo
livre nos tempos hipermodernos, é melhor aproveitar a vida tendo bons
pensamentos, bons momentos, boas companhias, bons papos e ajuda nunca é demais.
O quinto ponto é: destensione. Sei que não existe essa
palavra, mas ela é ótima. Destensionar significa
usar uma palavra mais leve quando o clima está tenso. É não levar em conta o
comentário besta da prima distante no almoço em família. É rir por dentro
quando um colega estiver se descabelando por nada. É entender que mesmo numa
urgência é possível parar, respirar, analisar e agir. Já viu bombeiro agindo no
desespero? Não existe! Eles são treinados justamente para assumir uma postura
de tranquilidade quando há uma emergência (e não apenas urgência).
Destensione aquilo que fala, a maneira como enxerga as coisas.
Destensione seus papos (pare de ficar reclamando do clima, do salário),
destensione suas relações (evite pessoas que não acrescente). E, então, relaxe e aproveite seu dia. Afinal,
você merece!
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