Dezembro, aquele mês tão sonhado por você. O décimo terceiro
no bolso (para os que são empregados), a família reunida em poucas semanas e a
viagem dos sonhos marcada. Na teoria, o final do ano é lindo de viver! Na
prática, um pesadelo para muitas pessoas.
Por que pesadelo?
Porque o final do ano é aquele momento em que as pessoas querem resolver
tudo o que não fizeram no ano todo. Perder sete quilos, entrar numa academia de
ballet power water, fazer inscrição
para aquele curso que já está quase no fim.
A ansiedade também se amplia: ver a amiga que teve bebê há
quatro meses e até agora você não foi visitá-la, comprar aquela travessa de
vidro (que você encontrou tão baratinha naquela loja do centro) pra sua sogra,
mas que até agora você não teve tempo de ir buscá-la, levar os sapatos no
conserto, arrumar o vestido de festa. Enfim, sua lista parece não ter fim. E é
isso mesmo o que acontece. E é por essa lista infindável de coisas a
fazer que as pessoas tendem a ficar mais irritadas, mais cansadas, mais
ansiosas e menos pacientes, menos cordiais e, claro, verbalizam todo o seu
desgosto no fim do ano. Não à toa, as brigas de família ocorrem, geralmente,
entre o Natal e o Ano Novo. Você não quer deixar essa marca nesse ano, certo?
Por isso, a organização das informações pode lhe dar uma
forcinha no mês de dezembro. Em princípio, é preciso pensar que dezembro é um
mês como outro qualquer. Você não ficará mais bonito até o final do ano (quer
dizer, se ganhar na Mega da virada pode ficar não só mais bonito como mais rico.
Mas, não conte com essa possibilidade antes que ela ocorra).
A sugestão que dou é: antes de fazer qualquer coisa, coloque
tudo no papel acerca daquilo que você gostaria de fazer em dezembro. Tire 50%
das atividades dessa lista, porque a maioria delas (uns 80%) são “coisas” que
podem ser feitas em outro momento. Se você não as fez até agora é porque,
talvez, não tenha tido vontade mesmo de fazer, como, por exemplo, comprar a
travessa de vidro pra sogra. É preciso coragem e honestidade para olhar para a
sua lista e tirar os excessos. Veja bem, não estou dizendo para você “adiar” alguns
projetos da sua vida, mas priorizar aquilo que realmente é importante.
Feito isso, lembre-se de TUDO, mas TUDO mesmo que é preciso
para você realizar a sua agenda. Um exemplo para ilustrar melhor: você quer dar
uma festa bonita na sua casa, para os amigos, no Natal. No entanto, ainda nem
comprou a árvore de Natal. Então, antes de sair de casa, anote tudo o que vai
precisar para o Natal e separe um ou dois dias de compras para isso. Assim
mesmo, como os sacoleiros e comerciantes fazem. Leve sua dose extra de
paciência (talvez leve uma amiga com você), mas nunca os filhos. Eles pedem
atenção extra.
É importante ressaltar um detalhe sobre o “ir às compras”. É
pouco provável que encontre lojas vazias nesse período. Então, seja breve em
suas escolhas. Desenhe em um papel ou até mesmo na sua mente os tipos de presentes
que servem a cada pessoa e quanto pode gastar. Confira valores em site, ligue
para as lojas para ver a disponibilidade de cores e tamanhos antes de ir até o
shopping ou loja de rua.
Outra maneira de não se estressar tanto para fazer as compras
é observar se é possível deixar o carro em casa. Ruas lotadas, shoppings com os
estacionamentos abarrotados. Quem aguenta? É hora de usar o transporte coletivo
(para ir até as compras – não é muito seguro na volta, com as compras já
feitas) e o táxi. Divida táxi com os amigos, assim evitará despesas extras.
Se você tem muitas informações para lidar ao mesmo tempo
(filhos + administração da casa + trabalho + marido – não necessariamente nesta
ordem) é hora de delegar funções. Distribua (e coloque num papel também) quem
cuida do quê: se é o marido que vai cuidar das crianças enquanto você faz as
compras, se é a sogra que passará no conserto para levar sapatos e roupas, se é
a prima que ficará responsável pela compra dos produtos da ceia e se depois
todos dividem as despesas. O importante é não tentar dar uma de super herói
nessa época. Até porque super heróis salvam o mundo, não precisam ficar se preocupando
com a ceia do Natal.
E o mais importante: preste muita atenção na maneira como
você faz seus pedidos. Você já fala bravo(a), como se as pessoas fossem
obrigadas a cumprir os seus desejos, ou você consegue solicitar apenas? Verbalizar
chatices só aumenta a pressão nessa fase. Se as pessoas já estão estressadas,
porque você irá ajudar a aumentar a irritabilidade? Como diz o ditado (dizem
que é uma passagem bíblica): “pois a boca fala do que está cheio o coração”. Na
verdade, entenda o seu estado de espírito antes de falar qualquer coisa. Se as
coisas não estão saindo como o esperado, relaxe. Se não deu para comprar aquele
presente que gostaria para os sobrinhos, se permita encontrar outro. Se não teve
tempo de encontrar outro, se permita a dar um presente após o Natal. Seu
sobrinho entenderá que o Papai Noel virá um pouco mais tarde.
Se você não conseguiu fazer nada disso, lembre-se que ter um
Natal e um Ano Novo mais simples, sem planejamentos milaborantes, festas
incríveis pode ser a saída para a sua saúde mental e a daqueles que estão ao
seu redor.
O mais importante, nessa fase, é demonstrar todo carinho que
você pode dar às pessoas que viverão o final do ano com você. Não importa muito
o presente, a mesa bonita, a rouba elegante. Isso tudo são acessórios quando se
é capaz de uma coisa muito simples: verbalizar o seu amor!
2 comentários:
Alloyse, ótimas sugestões. Sobretudo seu curso, em vídeo, "Como escrever mensagens de fim de ano". Sempre recebo muitas que causam o efeito contrário do que quem escreveu pretende. Ou seja, amigos ou empresas que querem demonstrar apenas que lembram de mim no Final de Ano e Natal, não raro caem na mesmice, pieguice ou, de alguma forma, 'ferem' conceitos que valorizo. Seu curso, tenho certeza, evitaria tudo isso. Abs.
Oi, Reinaldo. Obrigada por seu comentário.
É bem verdade a questão dos "conceitos religiosos". Falo bastante a respeito disso no curso (como nem sempre respeitamos as opiniões religiosas de nossos clientes). Dou dicas práticas de como escrever mensagens sem "ferir" qualquer conceito. Abraços.
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