Quando dois chefes de
estado apertam as mãos em um cumprimento, sinalizando um acordo fechado,
significa muito mais do que uma pose para uma foto.
A diplomacia é um exercício que há algum tempo domina as
nações numa representação respeitosa de que não é mais necessário mais matar ou
morrer para que conflitos sejam resolvidos.
Mas, o que parece óbvio não é tão simples na prática. Não
apenas os chefes de Estado, assim com os próprios diplomatas, sabem que estão
quase sempre em campo minado e que, por isso mesmo, não podem expressar uma
vírgula fora de lugar. Não à toa, estudam muito durante sua carreira para que
possam compreender leis, regras, culturas, política e organizações diferentes
da sua.
Não seria a diplomacia uma prima íntima da empatia?
Diplomatas têm que participar de cerimônias e reuniões muitas vezes cansativas
e difíceis. Fazem de tudo para preservar uma regra básica da diplomacia: nunca
faça nada (e nem fale nada) que no território alheio possa significar uma
ofensa porque é preciso, acima de tudo, entender (e respeitar) o outro.
Gosto muito dessa “regrinha” da diplomacia para explicar um
fato muito comum na comunicação: a falta de cuidado ao falar com o seu
interlocutor. Por si só a palavra diplomacia traduz sentidos como bom senso,
cordialidade e resolução. Por que resolução? Porque ser diplomático (não apenas
na carreira, mas na vida) é compreender que o diálogo terá que fluir. Os
argumentos serão expostos e que para se chegar a um denominador comum será
necessário ter tranquilidade para argumentar, paz de espírito (ou algo
parecido) para falar sem pesar nas palavras e encontrar argumentos que levem a
uma solução. Não raro será preciso ceder, nem que seja um pouco.
Não lhe parece incomum essa situação? O que ocorre,
atualmente, é que a imposição de ideias é tão grande que a diplomacia parece
ter ficado ultrapassada. A sensação que se tem ( e não é só minha) de que
quanto mais plataformas de comunicação são criadas, menos as pessoas têm se
preocupado com aquilo que expressam.
E, expressar suas ideias não é o problema em si. A falta da
diplomacia a um diálogo é o que leva a um conflito e aí uma conversa que seria básica
pode virar um problemão. Em outras palavras, ao impor suas ideias poderá
iniciar uma grande briga.
Mas, já se perguntou por que é necessário impor suas ideias? Num
universo tão abrangente e repleto de possibilidades porque é que alguém ainda
acredita que as pessoas são obrigadas a engolir suas ideias?
Não à toa também as pessoas andam reclamando das mídias sociais, que tem se parecido com verdadeiros campos de batalhas, repletos de falta de respeito e, muitas vezes, sem nenhuma
diplomacia. A meu ver, claro.

Pelo menos para mim, o poetinha é um exemplo de que para ser
diplomata não precisa ser chique. Basta ter bom senso!
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