Para se fazer rir, não é
preciso muito. Você, por exemplo, comeu hoje aquela sobremesa que adora e que
encontrou, por acaso, após o almoço, voltando para o trabalho? Parece pouco? As
pequenas surpresas da vida tem um sabor de “recompensa” tão grande que são
capazes de deixar qualquer pessoa num estado de felicidade, por horas e, claro,
garantir risadas gratuitas.
Nesse quesito está qualquer coisa (qualquer mesmo) que lhe
faça feliz de um jeito que é impossível de tirar seu bom humor. No entanto,
algumas dessas “surpresas” são quase unanimidades: encontrar uma nota de
cinquenta reais no bolso da calça; tomar banho de chuva (depois de uma reunião,
por exemplo); tirar férias (não importa para onde se vá, mas a sensação é quase
de ganhar na loteria); falar besteira com os amigos no bar; pelada de final de
semana; reencontrar um amigo do peito, por acaso; ganhar um presentinho da
colega de trabalho; dar risada no elevador simplesmente porque achou algo
engraçado.
Não vou entrar no mérito do que é felicidade simplesmente
porque não vem ao caso. Até porque felicidade para uns pode representar tristeza
para outros. Algo muito particular. Além do mais, para boa parte das pessoas, o
conceito de “felicidade” é atribuído a algum bem material ou a alguma coisa que
se pode “comprovar” como conquista: um casamento, um carro, ganhar muito
dinheiro (quem não gostaria de uma conta bancária gorda?). Mas, falo de uma
felicidade provocada por “menos”, por algo que lhe fez rir, assim, do nada.
É que rir comunica que
você deixou de prestar atenção, nem que seja por alguns instantes, nas suas
preocupações. O que as coisas engraçadas fazem é mostrar a leveza dos
acontecimentos por trás de um prisma sisudo que, infelizmente, muita gente
emprega a quase tudo. Não sei ao certo quem criou essa teoria de que ambiente
de trabalho, reunião, exercício físico ou qualquer outra coisa que exige um “certo
esforço” deve vir carregado de um “peso” mais sério. Ah, sim, rir no trabalho
significa falta de comprometimento? Assim como para fazer atividade física é
sinônimo de sofrimento? E se divertir com os erros é leviano? E, então, quem se
diverte com um imprevisto é fora da casinha?
Rir é tão natural às pessoas assim como se preocupar. E então,
o que você quer comunicar a si mesmo: risos ou choro?
Gosto de defender um desses lados: se preocupar realmente é
inevitável. Quem, nesse momento, não está preocupado com algo? Pois, é! No
entanto, tenho observado como as pessoas trocam uma preocupação por outras e
depois por outras mais, sem tentar ver qualquer outro ponto de vista que não a
preocupação. Comecei a observar isso quando, uma vez, uma pessoa me disse que
era para eu parar de pensar nos problemas. E aí, pensei: ah, para você é fácil
que faz meditação e tal. Não, não é! Eu que estava com o olhar viciado em
coisas que não faziam nenhuma diferença na minha vida. Ter preocupações não me
deixou mais bonita, nem rica, nem mais magra.
E, então, comecei a observar as pessoas, em situações as mais
diferentes possíveis, rindo, assim do nada. Pessoas de diferentes classes, com
menos ou mais saúde do que eu, com cargos importantes ou autônomas. Minha
conclusão foi: pessoas optam por aquilo que elas querem ver e rir faz parte
dessa escolha. Como diz uma amiga: “Lois, tem gente que não sabe a cor dos
dentes porque precisa levar tudo a sério”! Quando ela me falou isso pensei:
poxa, que triste! Mas, é uma escolha! Particularmente, não é a minha!
Pode parecer otimista demais o que vou dizer, mas rir ajuda a
aliviar quase tudo. Rir é uma maneira de, não apenas relaxar a mente, como entender
que nada é tão significativo ou “para sempre”. Rir é a borrachinha que faz
apagar as coisas chatas da vida (sim, porque elas existem). Rir é abrir-se para
a convivência mútua, para o perdão de coisas que não gosta em si e nos outros,
para aquilo que não se pode controlar. Rir é existir em seu grau máximo de
leveza!
E, então, entendi que faço parte da turminha que se preocupa,
claro, mas que também dá folga às preocupações porque rir é agradecer pelo
“nada” ou por "tudo". É comunicar a si mesmo uma vida cheia de surpresas boas!
E, então, do que você já riu hoje?
p.s:
Além do mais, rir é contagiante. Quero ver se você consegue ficar sem rir
diante dessas risadas. Todos nós sabemos que essas risadas depois viraram
comercial de um banco. Vamos ignorar esse fato e prestar atenção só nas risadas,
por favor.
p.s1: gente, vocês já viram a risada dessa mulher?
p.s2: Preciso confessar que parei de me preocupar um pouco com os problemas (e a rir mais) quando aprendi a meditar, a meu modo. A vida fica mais simples!
p.s3: Por falar em vida simples, li isso em um livro, por esses dias e concordo plenamente: "É preciso fugir aos que matam a vida simples."
p.s3: Por falar em vida simples, li isso em um livro, por esses dias e concordo plenamente: "É preciso fugir aos que matam a vida simples."
3 comentários:
Parabéns Alloyse pela excelente postagem. Eu também acredito tanto no poder do riso e da alegria que me dedico a disseminar seus benefícios em todas as palestras que realizo pelo Brasil. Sinta-se convidada a visitar meu site www.palestrantedobomhumor.com.br e www.doutorrisadinha.com . Adorarei receber sua visita. Abraços, Sorria e Tenha um Bom e Lucrativo Dia
Marcelo Pinto
Oh, Marcelo. Muito obrigada. Acredito que ainda vamos dar muitas risadas juntos. Acompanharei o seu trabalho pelos sites. Vamos mantendo contato e obrigada pelo convite.
ADOREI SEU TEXTO!
Postar um comentário