Assista
ao vídeo e não se assuste!
Quando
eu assisti a esse vídeo pela primeira vez no curso de Coolhunting,
pensei: Meu Deus! Essas crianças são espertas demais! Qual seria o
limite de poder desses consumidores?
O
vídeo criado pela empresa de comunicação, mídia e inovação
chamada PHD WorldWide é uma provocação à maneira como as marcas
estão lidando com os seus clientes. E, principalmente, estão
ouvindo-os. A proposta do vídeo era imaginar como seria o marketing
daqui a 10 anos e como seria o comportamento dos consumidores naquele
momento.
Certeza
de como o mundo será assim daqui a uma década, não há nenhuma.
Mas, é um fato que o vídeo virou polêmica em vários países e
muita gente diverge da filosofia do We are the
future. Principalmente, em relação à perda
de monopólio das empresas sobre as decisões de compra dos seus
clientes.
Será?
O que me chama a atenção nesse vídeo é justamente o apelo do
consumidor pelo “me escute”. Quem é que não quer ser escutado?
Quem não gostaria de um produto feito para você, de modo que
atendesse a seus desejos?
A
provocação é válida. Se observarmos o nosso momento atual e
analisarmos como já somos exclusivistas como consumidores, talvez
não estejamos tão distantes desse futuro próximo. Um exemplo disso
é a campanha da Coca-Cola com o nome das pessoas que está, há
meses, circulando no Facebook. Ninguém mais aguenta ver latinhas de
Coca-Cola, mas a tentação de ter o nome da latinha é grande. Sabe
por quê? Porque queremos dar opinião, queremos ser ouvidos e fazer
parte do mundo que compramos. E mesmo que meu desejo não seja
completamente atendido, quando sou ouvida por uma marca, por exemplo, me dá a sensação de “queridagem”, um tipo de
atendimento personalizado.
E
mais, se observarmos pelo lado da Comunicação, quando as marcas
proporcionam o “ouvir”, elas se abrem também para o diálogo,
para a troca. Elas trazem os clientes para dentro da realidade delas.
É como dizer: você faz parte do meu time. Por isso, eu concordo com
o vídeo apesar de não poder prever como será a realidade em 2021.
Agora
vamos nos colocar no lugar das empresas. Será que é fácil entender
o que os clientes querem? E como fazer isso?
Eu
acredito que o primeiro passo é simplesmente ouvir o cliente para só
depois fazer suas adaptações, se elas forem necessárias. É o que
eu chamo de falar a mesma língua do seu cliente: preste atenção no
que ele está dizendo mesmo que você não fale o mesmo idioma dele.
Talvez
nem tudo o que seu cliente fale caiba na sua planilha ou faça parte
do seu planejamento estratégico. Você não precisa mudar todos os
seus conceitos de uma só vez ou talvez nem precise mudar os seus
conceitos. Mas, para falar a mesma língua do seu cliente, se
aproxime dele e diga: hei, amigo, como você faria isso? Já pensou
como isso poderia ser uma experiência enriquecedora?
Você
pode também contar com artifícios mais precisos, como pesquisas de
tendências, buscar ajuda de empresas especializadas em Co-criação
e Branding. Mas, nada disso vai te ajudar se você simplesmente não
ouvir os que os clientes dizem através das pesquisas.
Eu
espero que os adultos de 2021 digam exatamente aquilo que pensam e
exijam das marcas o melhor que elas possam dar. Vamos esperar para
ver! Você está preparado para isso?
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