Roma,
ano 44 a.C. Você é um cidadão qualquer, possivelmente um comerciante,
e entra em uma taberna para beber. A casa está cheia de homens, muitos deles
soldados. O negócio é não arranjar briga porque você vai se dar mal. Em uma
caneca de metal o homem do outro lado do balcão serve qualquer coisa que ele
chama de vinho. Assim, você se senta em um banco rústico de madeira e, cansado,
apóia seus cotovelos sobre a mesa dividindo o espaço com outros homens. A
maioria já está bêbada.
Naquela época os ânimos estavam mais alterados do que o normal e Roma explodia
de tensão. Vivia no limiar entre a República e o Império. As questões políticas
ditavam a vida dos cidadãos e, a cada minuto, as conspirações exalavam em todos
os cantos da cidade. Quem iria governar Roma? E naquela época, governar Roma
significava dominar o mundo.
Diante
deste cenário caótico, você bebe o seu vinho, não olha para o lado, se levanta
e a vai embora. Em Roma, beba como os romanos porque isso pode te custar a
vida. E mais, não apenas beba, mas viva como eles. Era importante criar
articulações, se manter informado sobre tudo e estar do lado “certo” mesmo que
isso significasse estar do lado "errado". E as mulheres é quem ditavam boa parte
do rumo dessas articulações. Elas não podiam fazer política na rua, mas faziam
em casa, influenciando o marido, filhos, sobrinhos.
Assim,
entre intrigas, guerras e influências foi criado o maior império de todos os
tempos. E iniciado por Júlio César que não poupou esforços, e nem vidas, para
tornar Roma a capital do mundo. Como um bom soldado, ele estudava as
estratégias de seus inimigos. Sabia seus pontos fortes e fracos e sabia reconhecer
que era importante conquistar a simpatia do povo! Para isso, aprendeu a falar a língua de
todos. César era o maior marketeiro da época e tornou-se
popular ao “evocar” o público para, junto com ele, defender Roma.
E todos se sentiram parte desse Novo Império.
Uau! Podemos dizer que era um
pouco mais complicado viver naquela época, não? Mas, teve o lado bom. Apesar de ter sido sim um tirano, César deixa para nós, como
legado, o seu poder de persuasão. Ele tentava “entender” como o outro funcionava
para conquistá-lo. Hoje temos até um termo para isso: empatia, que
é perceber como o outro funciona. Quando você se coloca no lugar do outro consegue
entendê-lo melhor. Isso significa que terá mais acesso a essa pessoa ou a esse
público e também fará mais trocas de informações. E, possivelmente, terá mais chances de conquistar
o que deseja, assim como César fazia.
Portanto, você não precisa mais levantar sua espada para garantir as conquistas que
deseja. Não estou dizendo que você vai
fazer tudo o que outro quer, senão não seria você, né? Mas, a empatia é uma
baita ferramenta de comunicação para “perceber” todos os que estão
ao nosso redor.
César
já sabia disso!
p.s: existem muitas datas para o início e fim do Império Romano. Mas, os pesquisadores acreditam que ele tenha iniciado com a indicação de César como ditador (44. a.C) e só teria iniciado seu declínio quando Constantinopla foi tomada pelos turcos otomanos, em 1453. É considerado até hoje o mais duradouro império de todos os tempos.
p.s1: Se você é apaixonado pela história de Roma, como eu, pode ver um pedacinho dessa história na série Rome, que hoje é disponibilizada em DVD e Blue Ray. Existem também inúmeras outras obras escritas sobre César e o Império Romano. É só dar um Google. Abaixo, um trechinho da série que foi exibida na HBO.
p.s2: não consegui encontrar o primeiro trailer legendado. Desculpa, aí!
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